The Hills Have Eyes

Para o primeiro episódio da primeira temporada, entramos decididos num dos debates por volta de filmes clássicos e os seus remakes. Talvez um dos poucos casos onde há base para este debate porque, para além deste e de outros exemplos contados com os dedos da mão, os clássicos acostumam avantajar as revisões modernas; por muito que se ajustem melhor às circunstâncias da audiência contemporânea. Sim, somos velhos.


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O caso concreto é The Hills Have Eyes. É melhor o original? É melhor o remake? Vínhamos com ideias claras e com um debate certo, mas revisão acabou por moderar as posições. Talvez esse seja o motivo pelo qual, apesar de ter o propósito de sermos mais concisos e breves, o episódio acabe durando duas horas e média: estávamos postergando a toma de posição, como a classe média em situações de conflito (subtexto).

Seja como for, este passeio pelo deserto dá para muitas coisas: falar de Wes Craven como pornógrafo humanista, como master of horror malgré lui, The Last House on the Left, um pouco do gótico americano, do conflito de classes, das desigualdades regionais dos EUA, o rape & revenge, o machismo (mais uma vez), a sintonia entre o deserto de Mojave e Ourense, o comércio de guloseimas em Monte Alto (coisas de galegos), etc, etc. Passamos tão bem, que a coisa durou o que durou.

Não esquecemos as respetivas sequências, a de 1985 e a de 2007. Evidentemente, não entraram na concorrência da melhor da saga. Mas ainda destacamos coisas: a de 1985 é única pela sua consideração dos animais; e a de 2007, como esperança para os povos do mundo em luta contra o imperialismo yankee, ou isso é o que diz Pineda. A sério, não é preciso ver.

Miguel emociona-nos com a t-shirt que leva oculta sob o suéter. E como é a sua vez para a escolha de filme para o segundo episódio da primeira temporada, parece deixar alguma dica. Está bem, porque para fazer uma tortilha é preciso quebrar ovos… Quiçá com a exceção das veganas.

Venham para o segundo, We STILL have a podcast.

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