Black Christmas (1974)

Finalmente chega o episódio piloto de Mal de Olho: o Podcast. A gente poderá perceber o carácter impolido, rústico e grosseiro até, das primeiras obras; mas também a esperança, espontaneidade e o brilho nos olhos da gente neófita. Neste mundo, o que não se consola é porque não quer.

O filme escolhido para este arranque é Black Christmas (1974) porque a gravação foi na entranhável data natalícia e achamos que era uma boa coincidência, e porque não contávamos demorar tanto na edição. E porque é um grande filme, tudo deve ser dito.

Entre ligações telefónicas, falamos sobre tudo o que envolve esta produção canadense, a sua relação com o subgénero slasher, a influência em Halloween, a história do guião, o humor do enredo… a relação com a política fiscal do Canadá e até com o terrorismo quebequense! Paramo-nos especialmente na perspetiva de género e coincidimos em discordar com a crítica na altura, que via o filme como um produto misógino. O tratamento do direito ao aborto, e o empoderamento de Jess (Olivia Hussey) face a Peter (Keir Dullea), vêm dar-nos a razão.

Naturalmente, aplaudimos com todas as nossas forças Mrs. Mac (Marian Waldman) e Barb (Margot Kidder), personagens que nos alegraram a jornada.

No último terço, acontece um plot twist que nos dá a oportunidade de fazer um repasso final, de fazer spoiler, de assinalar cenas destacadas, de falar bem do remake de 2006 e de falar mal do remake 2019. Num giro imprevisto dos acontecimentos, tudo conclui com uma defesa de Verónica Forqué como atriz de dublagem, e com uma não menos inquietante cena pós-créditos.

Fica a pergunta: em que altura Olivia Hussey passou a ser Sussey?

Ligação.

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