Downrange

Não dá para tomar-lhes carinho, e melhor assim.

Da mão do realizador japonês Ryuhei Kitamura, chega outro pequeno entretenimento a resgatar da passada edição do festival de Sitges; embora a sua simplicidade possa chatear muitos.
Porque o enredo de Downrange pode reduzir-se a isto: um grupo de seis jovens adoravelmente idiotas viajam através de Kansas, Texas, Arizona ou algum outro lugar do género. Quando furam um pneu, devem estacionar no lado da estrada no meio do nada. Prontos para fazer a reparação correspondente, não demoram em comprovar como oculto no escasso mato da paragem, há um misterioso franco-atirador que os escolheu como alvo. E já está. Isto acontece em menos de 10 minutos. O resto da metragem são os intentos para sobreviver do minguante grupo de amigos.

Em 10 minutos, o caos.

Kitamura, com uma considerável experiência no thriller e no género de terror, consegue manter certo suspense durante 80 minutos a base dum humor muito macabro e de não tomar-se demasiado a sério. E assim dispensamos umas interpretações bastante penosas e uns diálogos que contornam o risível. Deste modo, até conseguimos acolher com algum grau de entusiasmo os planos da protagonista Keren (Stephanie Pearson), quem em todo momento parece perguntar-se o que faria MacGyver nessa situação.

O humor negro, o gore e a inverosimilhança; ajudam a digerir isto.

Pouco mais. Filme descarado para desfrutar com amigos e pipocas, na esteira de outras produções do passado ano, como Game of Death, Secret Santa ou a já mencionada aqui Double Date.

  • A favor: Atitude descarada que faz o filme divertido.
  • Em contra: Interpretações e diálogos.

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