Este ano 2020 está a resultar numa inacabável mostra de virtual horror assim que, infelizmente, volvemos gravar desde a casa. Lembrando as lições do episódio anterior, nem pensamos em fazer espiritismo. No seu lugar, como somos gente séria, falamos do capitalismo, do patriarcado e da identidade a partir do visionado de Perfect Blue, que nos redescobriu uma pérola frequentemente “homenageada” por grandes nomes contemporâneos.
A pesar do som ruim, percebe-se o nosso sincero entusiasmo quando evocamos a figura de Satoshi Kon, grande e malogrado artista. Também de Katsuhiro Ôtomo, pai de Akira e mentor de Satoshi. Repassamos brevemente a sua vida e os seus inícios na animação japonesa. Logo de falar do filme que nos ocupa, mencionamos o resto da sua carreira, que contém títulos muito recomendáveis.
Referimos-nos ao dilema com o que Kon deveu lidar em cada entrevista: quando vai dar o salto ao Live Action? Como não pode ser doutro modo, paramos no caso Aronofsky e a sua estranha resistência a comparar o seu trabalho com o do animador nipónico. Churi também assinala Nolan quem, por acaso, também faz coisas curiosamente parecidas.
Pelas influências recebidas e exercidas, também desfilam nomes como Hitchcock, Kurosawa, Ford ou Gilliam. Cada louco com a sua mania, Pineda insiste no giallo, pseudo-giallo e neo-giallo acrescentando Argento, Dallamano, Cattet e Forzani. A discussão ultrapassa as duas horinhas.
Temos pleno de recomendações na última secção e anunciamos que, para o terceiro episódio desta temporada, vamos comprovar os efeitos do passo do tempo em The Cell, aquele filme protagonizado por Jennifer López. Episódio que esperamos gravar novamente no Gaioso e onde aguardamos ler os vossos comentários de Ivoox, Instagram, Facebook, Twitter ou maldeolho.agora.gal. では、また。(dewa mata)!
RECOMENDAÇÕES
Monster (série, 2004)
Ghost in the Shell (1995)
La Chute de la maison Usher (1928)
Cowboy Bebop (série, 1997)
Animatrix: Beyond (segmento de Animatrix, 2003)
W lesie dzis nie zasnie nikt (2020)