Onibaba

No 75 aniversário do bombardeio atómico de Hiroxima e Nagasaki, reflexionamos por volta dos traumas sociais e físicos do Japão de após-guerra através do comentário de Onibaba (1964), onde Kaneto Shindô projeta o instinto de supervivência humano no contexto da descomposição social, sobre o remoto passado do período Nanboku-chō. Aqui, em Mal de Olho, onde o mesmo falamos de The Night of the Hunter que de Killer Klowns from Outer Space.

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Ficamos entusiasmados com a qualidade artística do filme e com o seu erotismo desatado. Shindô consegue transmitir com habilidade as ideias socialistas e humanistas que inspiraram a história dando uma viragem firmemente enraizada na tradição cultural japonesa.


Falamos também doutras obras dele (Hadaka no Shima, By Player e principalmente, Kuroneko). Impossível entrar em detalhe: os 44 filmes realizados e os 238 guiões escritos por ele, dissuadem-nos. Mencionamos aliás obras doutros autores que dalgum modo ou outro estão ligados com Onibaba no aspeto temático e de género: Kwaidan, Suna no Onna, Tanin no Kao ou Hausu. Não vamos tão longe como para chegar ao J-horror, que mereceria um capítulo próprio.


Desejamos muito que Tebas, Juan Carlos I e o filho caiam pelo buraco esse do prado. Enquanto isso, preparamos um especial Por trás da cortina de ferro com os filmes exibidos no CS Gomes Gaioso durante o seu IV Ciclo de Cinema de Terror Socialista; que foram o jugoslavo Izbavitelj, o chinês Nu Sheng Su She e o alemão Leichensache Zernik. Ouçam, camaradas!

Recomendações
Shutter (2004)
Searching (2018)
Gone Baby Gone (2007)
The Woodsman (2004)
All the Colors of Giallo (2019)

Prevenções
Random Acts of Violence (2020)
Amulet (2020)

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