
Gestos solidários nas varandas e pilhagens nas grandes superfícies, distância social entre familiares e a obriga de assistir ao centro de trabalho, reconhecimento a profissionais da saúde e homenagem a porcos capitalistas que destroem o público; aproveitamos este confinamento de Shrödinger para retomar a normalidade do programa antes que colapsem todos os universos possíveis e encontremos na rua uma versão desagradável de nós próprios a iluminar a noite com neônios vermelhos .
Ficara pendente desde antes da Apocalipse o episódio sobre Coherence (2013), longa-metragem de James Ward Byrkit a aproveitar uns recursos e umas localizações limitadas de modo eficiente para oferecer um relato de ficção científica sólido que desemboca necessariamente na paranoia, e numa visão sombria das relações humanas. Falamos dos seus méritos e tratamos também das justificações físicas e filosóficas que… bom, não estão entre as suas virtudes.

Fazemos alguma breve menção a outras produções como Twilight Zone (a boa) e Primer. Mas na realidade, não nos desviamos demasiado do objeto do programa. Na sua conclusão, já avançamos não só a nossa pretensão de ficar no scifi, como também uma próxima viagem ao espaço. Todas a bordo!
Recomendações
– The Shoes, “Time to Dance” (vídeo-clip, 2012)
– XX (2017)
– Sea Fever (2019)
– Culto al terror (2017)